
Ultimamente eu ando sem palavras, mais cheia de interrogações...
Hoje assisti um filme, que a principio parecia ser aqueles filmes de sessão da tarde, que você assiste para matar o tédio, porém me surpreendi com o conteúdo.
O enredo se baseava na vida de um jovem confuso, perdido entre sentimentos que nem ele sabia identificar. Ele vai morar com a avó para fugir dos problemas e acaba conhecendo uma mulher com a vida embaraçada.
Ambos vão se conhecendo e compartilhando conflitos, e as questões colocadas em pauta são as mais complexas e difíceis de lidar, como um câncer no seio e o termino de um relacionamento vazio.
Não sei...quando assisto filmes assim, eu fico meio reflexiva....Acabo entrando na história e me colocando no lugar dos personagens...
O filme em questão, me fez lembrar de uma passagem da minha vida, que eu também enfrentei situações parecidas... COmo por exemplo, o câncer da minha mãe.
Foi doloroso...e me fez amadurecer na velocidade da Luz.
De certa forma, eu acredito que os problemas que nós enfrentamos nos ligam diretamente as pessoas...Me liguei muito a minha familia depois disso, entretanto, existem feridas e machucados que parecem cicatrizar...mas eles estão ali, só esperando pra sangrar.
Eu estou com problemas...a humanidade esta com problemas, mas nós não sabemos pedir ajuda.
Há momentos em que eu quero muito falar sobre isso, há momentos em que eu quero chorar no ombro de alguém e contar tudo o que me aflige...eu não quero mais me proteger.
Mas existe a dependência emocional, o bloqueio involuntário que me impedem de ser franca com quem mais gosta de mim...comigo mesmo.
Eu nunca fui aquela que precisava de cuidados, sempre quis representar o papel de forte...Sempre no controle. Até então, eu me saia muito bem, obrigado. Mas agora...agora eu não quero.
Acho que eu perdi de vez a vergonha de ser frágil... porque na verdade, um dia a gente sempre quebra. A diferença, é que talvez agora eu tenha alguém que vai saber me consertar.